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14/05/2015 – O traficante Luiz Fernando da Costa, o
Fernandinho Beira-Mar, foi condenado a 120 anos de prisão pelo homicídio de
quatro rivais no presídio de Bangu 1, em 11 de setembro de 2002, no Rio de
Janeiro.
Fernandinho Beira-Mar, foi condenado a 120 anos de prisão pelo homicídio de
quatro rivais no presídio de Bangu 1, em 11 de setembro de 2002, no Rio de
Janeiro.
O julgamento, que durou mais de 10 horas, terminou já na
madrugada desta quinta-feira (14) no Tribunal de Justiça do Rio – a sentença
foi proferida pelo juiz Fábio Uchoa. Segundo o jornal “Folha de
S.Paulo”, a defesa de Beira-mar disse que irá recorrer.
madrugada desta quinta-feira (14) no Tribunal de Justiça do Rio – a sentença
foi proferida pelo juiz Fábio Uchoa. Segundo o jornal “Folha de
S.Paulo”, a defesa de Beira-mar disse que irá recorrer.
Beira-Mar foi condenado pelo crime de homicídio duplamente
qualificado (motivo torpe e sem chance de defesa) contra quatro detentos:
Ernaldo Pinto Medeiros (Uê), Carlos Alberto da Costa (Robertinho do Adeus),
Wanderlei Soares (Orelha) e Elpídio Rodrigues Sabino (Pidi), mortos durante uma
rebelião no presídio Bangu I.
qualificado (motivo torpe e sem chance de defesa) contra quatro detentos:
Ernaldo Pinto Medeiros (Uê), Carlos Alberto da Costa (Robertinho do Adeus),
Wanderlei Soares (Orelha) e Elpídio Rodrigues Sabino (Pidi), mortos durante uma
rebelião no presídio Bangu I.
Na sentença, o magistrado ressaltou a posição de comando de
Fernandinho Beira-Mar durante a rebelião de treze anos atrás.
Fernandinho Beira-Mar durante a rebelião de treze anos atrás.
“Na presente empreitada criminosa, o réu agiu com
intensa culpabilidade, na medida em que exercia uma posição de notório comando
junto à famigerada facção criminosa denominada Comando Vermelho e, após a
execução das vítimas, dirigiu-se até elas para obviamente conferir a execução
das vítimas e nesse momento selecionando e poupando ao seu bel prazer, as vidas
dos demais sobreviventes da quadrilha rival, denominada ADA – Amigos dos
Amigos”.
intensa culpabilidade, na medida em que exercia uma posição de notório comando
junto à famigerada facção criminosa denominada Comando Vermelho e, após a
execução das vítimas, dirigiu-se até elas para obviamente conferir a execução
das vítimas e nesse momento selecionando e poupando ao seu bel prazer, as vidas
dos demais sobreviventes da quadrilha rival, denominada ADA – Amigos dos
Amigos”.
O comportamento do réu durante o julgamento não passou
despercebido pelo juiz.
despercebido pelo juiz.
“No interrogatório, o réu por diversas vezes respondia
as perguntas do Juízo rindo, como se estivesse se vangloriando de suas atitudes
nefastas, demonstrando, no mínimo, carecer de senso crítico não apenas de seus
atos criminosos, como também, da própria Sessão de Julgamento”, relatou
Uchoa.
as perguntas do Juízo rindo, como se estivesse se vangloriando de suas atitudes
nefastas, demonstrando, no mínimo, carecer de senso crítico não apenas de seus
atos criminosos, como também, da própria Sessão de Julgamento”, relatou
Uchoa.
O Ministério Público sustentou a tese de que Beira-Mar havia
conseguido abrir caminho dentro de Bangu I para invadir a ala onde estavam os
traficantes rivais e comandar os ataques. O réu negou as acusações.
conseguido abrir caminho dentro de Bangu I para invadir a ala onde estavam os
traficantes rivais e comandar os ataques. O réu negou as acusações.
Mais de 300 anos
Com a sentença desta quinta-feira, o traficante acumula um
total de 253 anos e seis meses de prisão no Rio de Janeiro. Há, no entanto,
outros processos em andamento, inclusive na Justiça Federal, por lavagem de
dinheiro, contrabando e associação para o tráfico internacional de drogas.
total de 253 anos e seis meses de prisão no Rio de Janeiro. Há, no entanto,
outros processos em andamento, inclusive na Justiça Federal, por lavagem de
dinheiro, contrabando e associação para o tráfico internacional de drogas.
Beira-Mar, que se encontra preso atualmente no presídio
federal de Porto Velho (RO), possui ainda condenações em outros Estados, como
no Paraná, com 29 anos e 8 meses, no Mato Grosso, com 15 anos, e em Minas
Gerais, 11 anos. Com isso, a pena total,
incluindo o Rio e outros Estados, chegaria a 309 anos e 2 meses.
federal de Porto Velho (RO), possui ainda condenações em outros Estados, como
no Paraná, com 29 anos e 8 meses, no Mato Grosso, com 15 anos, e em Minas
Gerais, 11 anos. Com isso, a pena total,
incluindo o Rio e outros Estados, chegaria a 309 anos e 2 meses.
Em uma das decisões passadas, também definida por júri
popular em 2013, ele foi condenado a 80 anos sob acusação de planejar e ordenar
a morte de dois homens na favela Beira-Mar, em Duque de Caxias, município da
região metropolitana do Rio, no mesmo ano de 2002. Nesta época, o traficante já
estava preso.
popular em 2013, ele foi condenado a 80 anos sob acusação de planejar e ordenar
a morte de dois homens na favela Beira-Mar, em Duque de Caxias, município da
região metropolitana do Rio, no mesmo ano de 2002. Nesta época, o traficante já
estava preso.
O codinome Beira-Mar tem origem nesta favela da Baixada
Fluminense, onde ele despontou como chefe do tráfico no início da década de
1990. Nos anos seguintes, passou a ser reconhecido como um dos principais
articuladores da facção Comando Vermelho.
Fluminense, onde ele despontou como chefe do tráfico no início da década de
1990. Nos anos seguintes, passou a ser reconhecido como um dos principais
articuladores da facção Comando Vermelho.
Ganhou notoriedade por organizar sua própria rede de
distribuição de armas e drogas a partir de conexões com traficantes da América
Latina. Está preso desde abril de 2001, quando foi capturado na selva
colombiana por tropas do exército local.
distribuição de armas e drogas a partir de conexões com traficantes da América
Latina. Está preso desde abril de 2001, quando foi capturado na selva
colombiana por tropas do exército local.
UOLFernando Beira-mar é condenado a 120 anos por morte de 4
rivais em presídio no Rio
rivais em presídio no Rio
14/05/2015 – O traficante Luiz Fernando da Costa, o
Fernandinho Beira-Mar, foi condenado a 120 anos de prisão pelo homicídio de
quatro rivais no presídio de Bangu 1, em 11 de setembro de 2002, no Rio de
Janeiro.
Fernandinho Beira-Mar, foi condenado a 120 anos de prisão pelo homicídio de
quatro rivais no presídio de Bangu 1, em 11 de setembro de 2002, no Rio de
Janeiro.
O julgamento, que durou mais de 10 horas, terminou já na
madrugada desta quinta-feira (14) no Tribunal de Justiça do Rio – a sentença
foi proferida pelo juiz Fábio Uchoa. Segundo o jornal “Folha de
S.Paulo”, a defesa de Beira-mar disse que irá recorrer.
madrugada desta quinta-feira (14) no Tribunal de Justiça do Rio – a sentença
foi proferida pelo juiz Fábio Uchoa. Segundo o jornal “Folha de
S.Paulo”, a defesa de Beira-mar disse que irá recorrer.
Beira-Mar foi condenado pelo crime de homicídio duplamente
qualificado (motivo torpe e sem chance de defesa) contra quatro detentos:
Ernaldo Pinto Medeiros (Uê), Carlos Alberto da Costa (Robertinho do Adeus),
Wanderlei Soares (Orelha) e Elpídio Rodrigues Sabino (Pidi), mortos durante uma
rebelião no presídio Bangu I.
qualificado (motivo torpe e sem chance de defesa) contra quatro detentos:
Ernaldo Pinto Medeiros (Uê), Carlos Alberto da Costa (Robertinho do Adeus),
Wanderlei Soares (Orelha) e Elpídio Rodrigues Sabino (Pidi), mortos durante uma
rebelião no presídio Bangu I.
Na sentença, o magistrado ressaltou a posição de comando de
Fernandinho Beira-Mar durante a rebelião de treze anos atrás.
Fernandinho Beira-Mar durante a rebelião de treze anos atrás.
“Na presente empreitada criminosa, o réu agiu com
intensa culpabilidade, na medida em que exercia uma posição de notório comando
junto à famigerada facção criminosa denominada Comando Vermelho e, após a
execução das vítimas, dirigiu-se até elas para obviamente conferir a execução
das vítimas e nesse momento selecionando e poupando ao seu bel prazer, as vidas
dos demais sobreviventes da quadrilha rival, denominada ADA – Amigos dos
Amigos”.
intensa culpabilidade, na medida em que exercia uma posição de notório comando
junto à famigerada facção criminosa denominada Comando Vermelho e, após a
execução das vítimas, dirigiu-se até elas para obviamente conferir a execução
das vítimas e nesse momento selecionando e poupando ao seu bel prazer, as vidas
dos demais sobreviventes da quadrilha rival, denominada ADA – Amigos dos
Amigos”.
O comportamento do réu durante o julgamento não passou
despercebido pelo juiz.
despercebido pelo juiz.
“No interrogatório, o réu por diversas vezes respondia
as perguntas do Juízo rindo, como se estivesse se vangloriando de suas atitudes
nefastas, demonstrando, no mínimo, carecer de senso crítico não apenas de seus
atos criminosos, como também, da própria Sessão de Julgamento”, relatou
Uchoa.
as perguntas do Juízo rindo, como se estivesse se vangloriando de suas atitudes
nefastas, demonstrando, no mínimo, carecer de senso crítico não apenas de seus
atos criminosos, como também, da própria Sessão de Julgamento”, relatou
Uchoa.
O Ministério Público sustentou a tese de que Beira-Mar havia
conseguido abrir caminho dentro de Bangu I para invadir a ala onde estavam os
traficantes rivais e comandar os ataques. O réu negou as acusações.
conseguido abrir caminho dentro de Bangu I para invadir a ala onde estavam os
traficantes rivais e comandar os ataques. O réu negou as acusações.
Mais de 300 anos
Com a sentença desta quinta-feira, o traficante acumula um
total de 253 anos e seis meses de prisão no Rio de Janeiro. Há, no entanto,
outros processos em andamento, inclusive na Justiça Federal, por lavagem de
dinheiro, contrabando e associação para o tráfico internacional de drogas.
total de 253 anos e seis meses de prisão no Rio de Janeiro. Há, no entanto,
outros processos em andamento, inclusive na Justiça Federal, por lavagem de
dinheiro, contrabando e associação para o tráfico internacional de drogas.
Beira-Mar, que se encontra preso atualmente no presídio
federal de Porto Velho (RO), possui ainda condenações em outros Estados, como
no Paraná, com 29 anos e 8 meses, no Mato Grosso, com 15 anos, e em Minas
Gerais, 11 anos. Com isso, a pena total,
incluindo o Rio e outros Estados, chegaria a 309 anos e 2 meses.
federal de Porto Velho (RO), possui ainda condenações em outros Estados, como
no Paraná, com 29 anos e 8 meses, no Mato Grosso, com 15 anos, e em Minas
Gerais, 11 anos. Com isso, a pena total,
incluindo o Rio e outros Estados, chegaria a 309 anos e 2 meses.
Em uma das decisões passadas, também definida por júri
popular em 2013, ele foi condenado a 80 anos sob acusação de planejar e ordenar
a morte de dois homens na favela Beira-Mar, em Duque de Caxias, município da
região metropolitana do Rio, no mesmo ano de 2002. Nesta época, o traficante já
estava preso.
popular em 2013, ele foi condenado a 80 anos sob acusação de planejar e ordenar
a morte de dois homens na favela Beira-Mar, em Duque de Caxias, município da
região metropolitana do Rio, no mesmo ano de 2002. Nesta época, o traficante já
estava preso.
O codinome Beira-Mar tem origem nesta favela da Baixada
Fluminense, onde ele despontou como chefe do tráfico no início da década de
1990. Nos anos seguintes, passou a ser reconhecido como um dos principais articuladores
da facção Comando Vermelho.
Fluminense, onde ele despontou como chefe do tráfico no início da década de
1990. Nos anos seguintes, passou a ser reconhecido como um dos principais articuladores
da facção Comando Vermelho.
Ganhou notoriedade por organizar sua própria rede de
distribuição de armas e drogas a partir de conexões com traficantes da América
Latina. Está preso desde abril de 2001, quando foi capturado na selva
colombiana por tropas do exército local.
distribuição de armas e drogas a partir de conexões com traficantes da América
Latina. Está preso desde abril de 2001, quando foi capturado na selva
colombiana por tropas do exército local.
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