Imagem ilustrativa |
A maioria dos jornalistas mortos no Brasil trabalhavam na
cobertura política ou na apuração de casos de corrupção contra políticos ou
empresários, uma peculiaridade do país, de acordo com o Comitê de Proteção aos
Jornalistas, que também é uma ONG internacional que atua na denúncia de
violência contra profissionais de comunicação.
cobertura política ou na apuração de casos de corrupção contra políticos ou
empresários, uma peculiaridade do país, de acordo com o Comitê de Proteção aos
Jornalistas, que também é uma ONG internacional que atua na denúncia de
violência contra profissionais de comunicação.
Agressões e ameaças
Ao todo, o Brasil registrou 114 casos de agressões,
atentados, ataques, ameaças, detenções, ofensas e intimidações contra
jornalistas em 2015. Os casos mais comuns são os de agressões, que tiveram um
aumento, sobretudo diante da ocorrência maior de manifestações de rua desde
2013 no país.
atentados, ataques, ameaças, detenções, ofensas e intimidações contra
jornalistas em 2015. Os casos mais comuns são os de agressões, que tiveram um
aumento, sobretudo diante da ocorrência maior de manifestações de rua desde
2013 no país.
O Brasil registrou 64 agressões contra jornalistas em 2015.
O mais corriqueiros continuam a ser os episódios em que os alvos de apurações e
reportagens foram os agressores, mas a Abert manifestou grande preocupação com
o aumento das agressões perpetradas por agentes de Estado contra jornalistas
devidamente credenciados e claramente identificados.
O mais corriqueiros continuam a ser os episódios em que os alvos de apurações e
reportagens foram os agressores, mas a Abert manifestou grande preocupação com
o aumento das agressões perpetradas por agentes de Estado contra jornalistas
devidamente credenciados e claramente identificados.
“Consideramos gravíssimo as agressões provenientes das
polícias, em especial de policiais militares, que têm a obrigação
constitucional de preservar atividade da imprensa”, afirmou Slaviero. “Está
havendo uma inversão de valores. Estão tratando uma câmera, um celular, como
uma arma, e com isso os profissionais da imprensa têm sido agredidos, tomado
tiros, cacetadas e balas de borracha”.
polícias, em especial de policiais militares, que têm a obrigação
constitucional de preservar atividade da imprensa”, afirmou Slaviero. “Está
havendo uma inversão de valores. Estão tratando uma câmera, um celular, como
uma arma, e com isso os profissionais da imprensa têm sido agredidos, tomado
tiros, cacetadas e balas de borracha”.
Em 29 de abril do ano passado, por exemplo, um cinegrafista
da TV Bandeirantes foi mordido por um cachorro da Polícia Militar durante uma
manifestação de professores em Curitiba. Outro exemplo, destacado pelo
relatório da Abert, foi o do repórter Felipe Larozza, da revista Vice, que
levou uma cacetada nas costas enquanto cobria uma manifestação do Movimento
Passe Livre, em São Paulo, apesar de estar claramente identificado com crachá e
três adesivos de “Imprensa”.
da TV Bandeirantes foi mordido por um cachorro da Polícia Militar durante uma
manifestação de professores em Curitiba. Outro exemplo, destacado pelo
relatório da Abert, foi o do repórter Felipe Larozza, da revista Vice, que
levou uma cacetada nas costas enquanto cobria uma manifestação do Movimento
Passe Livre, em São Paulo, apesar de estar claramente identificado com crachá e
três adesivos de “Imprensa”.
Para que a situação de violência contra jornalistas no
Brasil comece a mudar, a Abert defende a aprovação de dois projetos de lei em
tramitação no congresso: o 7107/2014, que propõe que atentar contra a vida e a
integridade física de jornalistas se torne crime hediondo; e o 191/2015, que
propõe que a Polícia Federal assuma a investigações de crimes contra
jornalistas no caso de omissão de autoridades locais.
Brasil comece a mudar, a Abert defende a aprovação de dois projetos de lei em
tramitação no congresso: o 7107/2014, que propõe que atentar contra a vida e a
integridade física de jornalistas se torne crime hediondo; e o 191/2015, que
propõe que a Polícia Federal assuma a investigações de crimes contra
jornalistas no caso de omissão de autoridades locais.
Edição: Fábio Massalli/Da Agência Brasil