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EXCLUSIVO: Médium de Uberaba psicografa mensagem que teria sido enviada por policial civil morto no assalto a Protege em Araçatuba; veja vídeo

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Edição: Alessandra
Nogueira/Política e Mais

O policial
civil André Luís Ferro da Silva, morto durante o assalto à empresa de
transporte de valores Protege, em outubro do ano passado, teria enviado uma
mensagem à família durante uma sessão de psicografia realizada pelo médium
Carlos Antônio Baccelli, no Lar Espírita Pedro e Paulo, em Uberaba (MG), em
fevereiro deste ano.
A mensagem
foi recebida em um sábado, quando integrantes de caravanas de todas as partes
do Brasil, inclusive de Araçatuba, aguardavam uma palavra de consolo de seus
entes queridos já desencarnados. A mãe de André, Iracema, e uma tia, chamada
Isaura, estavam presentes à sessão.
Baccelli é,
hoje, considerado o principal médium espírita na psicografia, que consiste em
escrever algo que teria sido ditado ou sugerido por um espírito desencarnado. O
médium mineiro conviveu durante mais de 30 anos com Chico Xavier, tendo,
inclusive, várias obras em parceria com o mais famoso médium espírita do Brasil
e do mundo.
Aos sábados
e domingos, Baccelli atende na casa espírita que mantém em Uberaba. Em
fevereiro deste ano, um ônibus com moradores de Araçatuba e outras cidades da
região, seguiram rumo a Uberaba, no Triângulo Mineiro. Centenas de pessoas
estavam presentes no lar espírita naquele sábado, quando Baccelli passou a ler
a mensagem que contava o drama de um policial civil morto em serviço, durante
um assalto.
No texto,
lido e gravado em um CD pelo médium, o espírito comunicava à mãe e à tia,
presentes à sessão, que se sentira no dever de verificar o que estava ocorrendo
ao ouvir o barulho de disparos. Conta, ainda, que fora detido por dois homens,
que o mataram praticamente à queima-roupa.
O espírito
relata que fora socorrido, mas que entrara em estado de choque, vindo a
desencarnar no hospital. Diz, ainda, que não se arrependia do que tinha feito,
pois morrera no cumprimento seu dever. Na carta, afirma sentir muito pela
Silvia (esposa) e pelos meninos (embora o policial tivesse duas filhas, e não
filhos). Na psicografia, enviou um abraço ao irmão Luiz Gustavo e pediu à mãe
que não chorasse. (Leia, na íntegra, a carta psicografada).
O site Política
e Mais, há poucos dias, entrou em contato com a mãe do policial civil morto
durante o assalto à empresa de valores. Ela disse que não queria se manifestar
sobre o assunto, que preferia guardar a questão para ela. No entanto, como ela
viajou com um grupo de outras pessoas ao Lar Espírita em Uberaba, a gravação
acabou vazando.
A MORTE DO
POLICIAL
O policial
André Luís Ferro da Silva tinha 37 anos e integrava o GOE (Grupo de Operações
Especiais) da Polícia Civil. Ele foi assassinado na madrugada do dia 16 de
outubro do ano passado, durante um assalto à empresa de transporte de valores
Protege, localizada no bairro Santana, em Araçatuba.
Ferro fora
convocado a se apresentar à Delegacia Seccional por causa do assalto. Antes,
porém, decidiu verificar o que estava acontecendo, quando foi atingido por dois
tiros disparados pelo ocupante de uma caminhonete.
O assalto à
Protege teve repercussão nacional. Além de matar o policial civil, os bandidos
dispararam contra o quartel do CPI-10 (Comando de Policiamento do Interior) de
Araçatuba e atearam fogo em dois caminhões para evitar que viaturas deixassem o
quartel.
Os policiais
militares ficaram sitiados e sem comunicação via rádio, pois o fogo dos
veículos atingiu a rede elétrica. Os bandidos teriam usado granadas e fuzis
contra os policiais. Para abrir o cofre da Protege, os assaltantes teriam usado
dinamite. Moradores do Santana e redondezas ficaram aterrorizados com os
estrondos de armas e explosivos.

ÍNTEGRA DA
CARTA PSICOGRAFADA PELO MÉDIUM CARLOS BACCELLI:
“Querida
mamãe Iracema, querida tia Isaura. Deus nos proteja. Estou aqui, estou sendo
auxiliado por uma senhora de nome Benedita. Benedita Fernandes. Mamãe, a
senhora sabe o que aconteceu naquela noite de pavor, na condição de policial,
me senti no dever de investigar o que estava acontecendo.
Identifiquei
o barulho dos disparos, inclusive de armas automáticas, e fui para saber o que
poderia ser feito. Cheguei a imaginar que colegas meus estavam em dificuldade
trocando tiros com alguns marginais que estivessem assaltando uma agência
bancária.
Eu não fazia
ideia da extensão do problema, quando ao ser detido ao caminho, dois deles,
percebendo que eu era policial, atiraram contra mim praticamente à queima
roupa. Daí, mamãe, e querida tia Isaura, eu não pude ver mais nada. Entrei em
estado de choque e não consegui abrir os olhos e nem movimentar as mãos.
Compreendi
tudo posteriormente, mas de fato, consumiria muito tempo da reunião um
depoimento mais detalhado. Sei que fui conduzido para um hospital, onde os
médicos, notando a minha situação, deixaram que eu permanecesse em repouso e
saísse naturalmente daquele estado de torpor.
Não me arrependo
do que fiz, mãezinha. Deixei o corpo no cumprimento do dever e isto me
tranquiliza a consciência. Claro que senti e sinto muito pela senhora, pela
Silvia e pelos meninos. Mas sei que a morte não existe e que não estamos
separados em definitivo. Somente a constatação da própria imortalidade consegue
se contrapor ao sentimento de saudade que nos assalta o coração.
O meu abraço
ao Luiz Gustavo, meu irmão. E peço a vocês que me perdoem pela possível omissão
de maiores esclarecimentos nesta pequena carta. Muitos estão aqui à espera de
sua vez e não podemos gastar os minutos que não nos pertencem.
Mamãe, não
chore. O seu filho, graças aos exemplos que recebeu em nossa casa desde o
berço, não descambou para o caminho do mal. Deixo-lhes aqui o meu carinho e a
minha saudade. Vários familiares nossos já vieram estar comigo, inclusive a
vovó Luiza. Com todo meu coração, agradecido, sou sempre seu, André Luís. André
Luís Ferro da Silva.”

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