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Bolsonaro anuncia que Brasil não terá horário de verão em 2019

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Segundo ele,
a necessidade de antecipação em uma hora do relógio está quase certa pelos
estudos obtidos pelo Ministério de Minas e Energia.
Em março, o
deputado federal João Campos (PRB-GO) defendeu ao presidente que o horário de
verão seja extinto no Goiás.
“Não teremos
horário de verão. Quase certo, pelo estudo que tenho”, disse. “O João Campos
fez um arrazoado para não ter horário de verão”, disse Bolsonaro em um café da
manhã com jornalistas no Palácio do Planalto. A Folha de S.Paulo estava entre
os convidados.
O horário de
verão foi adotado pela primeira vez no país no fim de 1931, com a finalidade de
economizar energia elétrica nos meses mais quentes do ano. Foi aplicado sem
interrupção nos últimos 35 anos.
Pesquisas
mostram, no entanto, que a eficiência na economia de energia vem caindo ano
após ano. Um estudo divulgado pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico),
considerou nula a economia de energia durante o horário de verão 2017/2018.
De acordo
com o relatório, a redução apresentada em análises durante o horário de verão
também foram verificadas em outros períodos, antes mesmo dos ajustes no
relógio.
Segundo
alguns especialistas, a queda dos índices de economia de energia acontecem pela
mudança de comportamento do brasileiro. As pessoas atualmente têm jornadas de
trabalhos diferentes, saem de casa mais tarde e utilizam mais o ar condicionado
durante o dia, quando as temperaturas estão elevadas.
No verão
2016/2017, a economia decorrente da redução do uso de usinas foi de R$ 159,5
milhões. No mesmo período do ano anterior (2015/2016), foram economizados R$
162 milhões.
O
ex-presidente Michel Temer (MDB) chegou a sinalizar intenção de descontinuar o
horário de verão, mas, em meio à tensão de um momento em que tentava barrar
denúncias contra ele por obstrução judicial e organização criminosa, foi
orientado a desistir da mudança.
Assim como
no Brasil, o fim de alterações do horário durante o verão também está na pauta
de discussão em outros países. Exemplo disso foi a aprovação pelo Parlamento
Europeu da decisão de não realizar o horário de verão a partir de 2021.
A votação da
medida contou com a aprovação de 410 parlamentares, ante 192 que votaram pela
permanência. Cada um dos 27 países membros precisa agora aprovar a medida
internamente para que ela possa vigorar.
Uma lei
europeia determina, desde 2001, que todos os países do bloco adiantem seus
relógios em uma hora no último domingo de março. O horário volta ao anterior,
com o atraso de uma hora, no último fim de semana de outubro. No Brasil, desde
2008 o início e fim do horário de verão são definidos anualmente por um decreto
presidencial.
A alteração
também tem sido questionada nos Estados Unidos. Diversas iniciativas no
Congresso e em Câmaras estaduais querem o fim do atual sistema, iniciado há um
século e que ainda causa polêmica. Entre as discussões entre os americanos há
sugestões que incluem a manutenção do horário de verão durante todo o ano.
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