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Pesquisadores já criaram uma vacina para o coronavírus da China

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Vacina: pesquisadores preparam proteção contra o contágio do coronavírus da China, mas falta tempo para testes (Francesco Carta/Getty Images)



Especialistas em Hong Kong têm uma vacina contra o vírus, mas ainda precisam de tempo para testes em animais e humanos



São Paulo —
O microbiologista e médico Yuen Kwok-yung anunciou que pesquisadores de Hong
Kong já desenvolveram uma vacina contra o novo coronavírus da China. No
entanto, ela ainda precisa ser testada em animais, o que deve levar um longo
período, segundo reportagem do jornal South China Morning Post.
Kwok-yung,
que é diretor do centro de doenças infecciosas da Universidade de Hong Kong,
não deu um prazo específico para o desenvolvimento da vacina contra o novo
coronavírus da China. Ele estima que o tempo dos testes em animais pode ser de
meses e será preciso, ainda, de mais um ano de testes em humanos antes do
lançamento da vacina.
A nova
vacina é uma modificação da vacina da gripe que se propõe a proteger tanto do
coronavírus da China quanto de gripes comuns.
Para
Kwok-yung, a vacina que está em desenvolvimento na China atualmente tem chances
de ser baseada em uma versão inativa do vírus, que tem sua propriedade
contagiosa destruída em laboratório, o que poderia resultar na apresentação de
sintomas mais graves do que o normal em pessoas que tomarem a vacina e forem
contaminadas com o vírus.
Além da
China, pesquisadores dos Estados Unidos também se esforçam para criar uma vacina
contra o novo vírus.
O que é o
coronavírus?
O
coronavírus da China é um novo vírus que já matou de 100 pessoas na China e já
tem infectados em outros países, como nos Estados Unidos, Japão e Europa. Com
sintomas parecidos com os da gripe, o vírus é da mesma família que o SARS, que
no começo dos anos 2000 causa uma epidemia conhecida como gripe asiática.
Até a manhã
desta quarta-feira são 132 mortes confirmadas, 125 delas na província de Hubei,
epicentro da propagação. Já são mais de 6 mil casos confirmados, em 17 países.
No Brasil,
há três suspeitos, segundo o Ministério da Saúde, em Belo Horizonte, Curitiba e
Porto Alegre. O governo, seguindo recomendação da Organização Mundial de Saúde,
recomendou que viagens para a China sejam feitas apenas em casos de extrema
necessidade.
Para conter
a propagação do vírus, governos e empresas privadas vêm tomando medidas mais
duras nas últimas horas.
Dez cidades
chinesas estão isoladas. A rede de cafeterias Starbucks, um fenômeno na China,
fechou metade de suas duas mil lojas no país. A Casa Branca anunciou que pode
suspender todos os voos dos Estados Unidos para a China em meio às preocupações
crescentes.
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