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Ciclone deixa 44 mortos, 46 estão desparecidos e mais de 15 mil desabrigados no sul do país

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Quarto
ciclone extratropical desde junho deixou rastro de destruição em 88 municípios
do Rio Grande do Sul. Mais de 15 mil estão desalojados ou desabrigados, e
outras dezenas de pessoas seguem desaparecidas.

As fortes
chuvas causadas pela passagem, no início deste mês de setembro de mais um
ciclone extratropical pela região Sul do Brasil deixaram um saldo de 44 mortos,
segundo dados oficiais atualizados neste domingo (10/09).

É a pior
tragédia natural a se abater sobre o estado, segundo o governador do Rio Grande
do Sul, Eduardo Leite (PSDB).

Outras 46
pessoas seguem desaparecidas, nos municípios gaúchos de Muçum, Lajeado e Arroio
do Meio, e mais 224 estão feridas.

As áreas
mais afetadas pelas chuvas estão Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul, estado
que contabiliza 43 óbitos – houve outra morte em Santa Catarina –, cerca de
3.800 desabrigados e outros mais de 11.600 desalojados, além de mais de 150 mil
pessoas afetadas pelas chuvas e inundações.

Segundo a
Defesa Civil gaúcha, 16 das 43 mortes no estado ocorreram em Muçum, onde as
chuvas inundaram grande parte do município e muitos moradores foram obrigados a
se refugiar nos telhados.

Há registros
de danos em 88 municípios gaúchos, e a Confederação Nacional dos Municípios
(CNM) calculou os prejuízos em R$ 1,3 bilhão. Um relatório preliminar da
Secretaria de Desenvolvimento Rural gaúcha contabiliza 4.456 quilômetros de
estradas danificadas, além de diversas perdas para o setor agropecuário.

Alckmin e ministros visitam região
afetada

Neste
domingo (10/09), o presidente interino da República, Geraldo Alckmin (PSB),
desembarcou no estado na companhia dos ministros: José Múcio (Defesa), Nísia
Trindade (Saúde), Waldez Góes (Integração e do Desenvolvimento Regional), Paulo
Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar), Paulo Pimenta
(Secom), Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social) e Marina Silva
(Meio Ambiente e Mudança do Clima). A comitiva é acompanhada pelo governador
Leite.

O governo
federal anunciou o repasse de R$ 239 milhões para o fornecimento de alimentos e
prestação de serviços socioassistenciais, aí incluso auxílios a desabrigados e
pequenos agricultores. Há ainda a previsão de outros R$ 14,9 bilhões em
recursos, até 2026, para prevenção de desastres naturais no âmbito do Programa
de Aceleração do Crescimento (PAC).

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